O Instituto
Nacional de Seguridade Social registrou 503.890 acidentes e
2.717 mortes relacionados ao trabalho no ano de 2006. Na
comparação com 2005, o número de acidentes de trabalho totalizou
491.711 casos, enquanto os óbitos somaram 2.708 ocorrências.
Os dados referem-se somente à parcela dos trabalhadores cujo
vínculo empregatício é a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT),
que corresponde a aproximadamente 30% da População
Economicamente Ativa (PEA) do país. Divulgadas semana passada
pelo Ministério da Previdência Social, as informações estão
disponíveis para consulta na 15ª edição do Anuário Estatístico
de Acidentes de Trabalho.
No período, considerando o total de acidentes de trabalho, 80%
foram típicos (decorrentes da atividade profissional
desempenhada), 14,7% de trajeto (ocorridos no trajeto entre a
residência e o local de trabalho) e 5,3% doenças do trabalho
(acidentes de trabalho ocasionados por qualquer tipo de doença
profissional peculiar a determinado ramo de atividade).
Importante destacar que houve queda nas concessões de benefícios
previdenciários decorrentes de doenças relacionadas ao trabalho.
Em 2006, totalizaram 26.645, ante 30.334 contabilizados no ano
anterior.
As estatísticas indicam que os homens são as principais vítimas
de acidentes de trabalho: somam 79,9% nos acidentes típicos,
67,1% nos de trajeto e 53,8% nas doenças do trabalho. Além
disso, 39,1% das ocorrências foram registradas entre homens e
mulheres na faixa de 20 a 29 anos.
A análise
por setor de atividade econômica revela que o setor agrícola
participou com 6,9% do total de acidentes registrados, seguido
pelo setor de indústrias (47,4%) e pelo setor de serviços
(45,7%).
Nos
acidentes típicos, os subsetores com maior participação nos
acidentes foram produtos alimentares e bebidas (10,6%) e saúde e
serviços sociais (8,3%). Nos acidentes de trajeto, as maiores
participações foram do comércio varejista (12,4%) e dos serviços
prestados principalmente a empresas (11,9%). Nas doenças de
trabalho, foram os subsetores intermediários financeiros (10%) e
o comércio varejista (8,6%).
No período,
considerando os 50 códigos de Classificação Internacional de
Doenças (CID) com maior incidência nos acidentes de trabalho
registrados, os de maior participação foram ferimento do punho e
da mão (13,6%), fratura ao nível do punho ou da mão (6,9%) e
traumatismo superficial do punho e da mão (5,7%). Nas doenças do
trabalho, os CID mais incidentes foram sinovite e tenossinovite
(21%), lesões no ombro (16,2%) e dorsalgia (7,1%).
Além disso,
o número de acidentes de trabalho liquidados (corresponde ao
número de acidentes cujos processos foram encerrados
administrativamente pelo INSS, depois de completado o tratamento
e indenizadas as seqüelas) atingiu 537,5 mil, o que correspondeu
a um decréscimo de 1,5% em relação a 2005. |