Brasília/DF - A
Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul (DRT/RS)
fiscalizou 20.089 empresas de janeiro a agosto de 2007 para
verificar o cumprimento da legislação trabalhista, com objetivo
de combater a informalidade no mercado de trabalho, garantir a
saúde e segurança do trabalhador e erradicar trabalho infantil.
Mais de um milhão de empregados foram alcançados pela ação.
As irregularidades
mais freqüentes constatadas pelos auditores fiscais foram o
débito com o FGTS, o pagamento irregular de salários e a
ausência de registro na carteira de trabalho. Por esse motivo,
23.671 trabalhadores passaram a ter a carteira de trabalho
assinada e, conseqüentemente, os seus direitos trabalhistas
assegurados, como 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) e férias remuneradas.
"É a formalização
do emprego que vai permitir, em caso de necessidade, que o
trabalhador solicite o seguro-desemprego, aposentadoria,
auxílio-doença ou licença-maternidade. Daí vem a relevância
social da ação fiscal da DRT", destaca o delegado regional do
Trabalho no Rio Grande do Sul, Heron de Oliveira.
Outra
irregularidade constatada pela fiscalização do Trabalho é o não
depósito do FGTS. De janeiro agosto de 2007, a DRT/RS
identificou empresas gaúchas que deviam mais de R$ 50 milhões ao
FGTS. Desse valor, R$ 24,4 milhões foram depositados
imediatamente na conta vinculada dos trabalhadores afetados pela
sonegação.
Proteção - Na área
de saúde e segurança no trabalho foram inspecionadas 3.635
empresas, nas quais trabalhavam 444.054 trabalhadores. Nessas
inspeções, os auditores verificaram se obras, máquinas e
equipamentos apresentavam riscos de acidentes ou doenças
ocupacionais e regularizaram mais de 20 mil itens.
As ocorrências de
acidentes de trabalho no Rio Grande do Sul concentram-se na
construção civil, nas indústrias alimentícia e metalúrgica e na
área rural. Os auditores também dão especial atenção a
atividades que podem gerar doenças nos ossos e músculos, tais
como comércio (supermercados e grandes lojas), teleatendimento,
trabalho bancário, fabricação de calçados e abate/processamento
de carnes.
Crianças - De
janeiro a agosto de 2007, a ação da Fiscalização do Trabalho
retirou 66 crianças do trabalho formal. Através de uma
força-tarefa composta por vários órgãos públicos e entidades da
sociedade civil, os fiscais também identificaram outras 150
envolvidas com atividade informal nas ruas, que foram
encaminhadas ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti)
e ao Bolsa Família.
No mesmo período,
a fiscalização da DRT/RS, através da aplicação da Lei da
Aprendizagem, garantiu o ingresso profissional de 3.287 jovens,
em empresas que não cumpriam a legislação.
Qualquer forma de
trabalho no Brasil e proibida antes dos 16 anos, exceto na
condição de Menor Aprendiz, permitido a partir dos 14 anos,
conforme a Lei da Aprendizagem (Lei 10.097. Nesse caso, o jovem
é qualificado para o mercado de trabalho, tem a carteira de
assinada e assegurados os direitos trabalhistas.
A fiscalização da
DRT/RS orienta as suas ações a partir de um planejamento anual,
elaborado com base nas diretrizes da Secretaria de Inspeção do
Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, e com informações
e dados estatísticos do mercado de trabalho no Estado.
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